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jan
Considerações Sobre Evolução de Vinhos Tintos
- Posted by Empório Frei Caneca
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Nosso parceiro Rodrigo Sitta – Blog VaoCubo, nos traz uma ótima experiência sobre evolução de vinhos tintos, confira:
Considerações Sobre Evolução de Vinhos Tintos – Degustação da Década de 70 – por Rodrigo Sitta.
Amigos,
Nada melhor do que tomar um vinho em seu auge, não é? Mas convenhamos que não é nada fácil achar esse momento especial, considerando que a evolução dos vinhos de guarda depende de uma série de fatores.
Um primeiro ponto a ser abordado é como você prefere seus vinhos: evoluídos com aromas e sabores terciários ou mais jovens? Se você votou na primeira opção (assim como eu fiz), algumas dicas a seguir serão importantes.
Degustação de vinhos de década de 70.
Há alguns dias participei de uma degustação de seis vinhos da década de 70. Alguns se mostraram em perfeito estado e outros já estavam oxidados. Isso me levou a escrever este Post.
São três os componentes para garantir uma boa evolução nos vinhos tintos: corpo, acidez e taninos. O equilíbrio entre esses componentes é um indicador de que o vinho pode evoluir bem ao longo do tempo.
Ao longo do tempo, esses componentes reagem entre si e provocam modificações organolépticas modificando sua cor, aromas e sabores.
Porém isso tudo não é suficiente para garantir uma boa evolução aí pronto as condições. As condições externas tais como o armazenamento são fundamentais para garantir a correta evolução dos vinhos. Os vinhos precisam estar protegidos da incidência direta de luz, em ambientes climatizados e livres de vibrações.
Durante a degustação provamos os seguintes rótulos: Aliança Bairrada Garrafeira 1970 (Portugal), Frei João Reserva 1970 (Portugal), Borgogno Barolo Riserva 1970 (Itália), Château Le Fleur-Pétrus Pomerol 1973 (França), Château Montrose Saint-Estéphe 1970 (França), Chãteau Figeac Sait-Émilion Gran Cru 1975 (França). Os três últimos estavam em perfeito estado, mas os três primeiros já estavam oxidados.
Em relação aos dois vinhos portugueses, nenhuma surpresa, haja vista que foram produzidos numa época que qualidade não era uma condição primordial nos vinhos da Bairrada.
O Barolo sim, foi uma surpresa, haja vista que trata-se de um vinho Riserva de um bom produtor e produzido sob as técnicas tradicionais da região que deveriam proporcionar uma longevidade considerável. Aliás a capacidade de envelhecimento é uma qualidade muito apreciada nos bons Barolos. Com certeza as condições de armazenamento desse vinho não foram as ideais.
Os vinhos franceses mostraram o quanto é valioso guardar um vinho e abri-lo dentro da sua janela de maturidade. A experiência de abrir um vinho já evoluído é sempre muito interessante.